É como eu disse para minha mãe outro dia: a gente tem motivos para ficar mal, sabe o porque de estar assim mas fica inventando outros motivos que justifiquem (mais) tal dor. Enfim, descontentamentos são coisas que fluem na minha vida. Me sinto um tanto quanto calejada, privo meu coração de mais dor. De vez em quando esqueço e acabo privando alegrias também.
Procurei impacientemente textos em que minha alma possa se encaixar pois quero tatuar algo que marque este momento desesperador da minha vida. Adivinhe: não encontrei. Até porque ninguém é capaz de sentir minha dor ou , talvez , até tenha sentido mas não pôde expressar de uma forma que me faça identificar. Ok, estou sempre reclamando basicamente das mesmas coisas.
Só agora me toquei que esta dor que sinto nunca será dissipada e sim reforçada ao passar dos anos. É uma dor constante. É dor de quem nunca mais poderá ver o avô, a irmã e as avós novamente. É a dor de quem tem medo do amanhã por não saber que surpresa estará esperando. Todos sentirão a mesma coisa, eu sei, mas por que eu tive de lidar com isso a partir dos 8 anos? Por que eu tive que perder minha irmã aos 11? Vi dona Regina não lembrando de quem eu era aos 13 e perdi subitamente dona Tereza agora, aos 16.
Minha casa não é mais a mesma, eu não sou mais aquela Letícia. Acho que nunca serei novamente. E dizem que o brilho nunca se apaga...
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